8 de out. de 2010

diário de fã

A pedido da organização do show em Salvador e Recife os fãs de los hermanos estão escrevendo e enviando pro site biseloshermanos.com.br suas histórias com a banda, em contagem regressiva resolvi contar a minha:



Quando comecei a ouvir los hermanos a banda já havia feito grandes shows, já tinha muitos fãs, sucesso. Mas pra mim ainda era um prazer solitário, meus amigos na época tinham um gosto bem diferente do meu e quando comecei a ouvir a banda não tinha companhia pra ir aos shows.

Aos poucos comprei todos os discos e se bem no começo, confesso, tinha dificuldades em identificar se quem estava nos vocais era o Camelo ou Amarante em pouco tempo ficou fácil fazer com baquetas imaginárias as viradas no Barba, tocar teclado junto com o Medina e como é comum a todo fã de los: cantar os sons dos metais.

Ouvir pelo menos uma vez por dia já se fazia necessário quando decidi ir a um show ainda que sozinha, mas então o inesperado se impôs e a banda anunciou seu recesso.
Morando em São Paulo e sem trabalhar ir ao show na Fundição deixou de ser opção quando consultei minha conta bancária.
Continuei ouvindo a banda, acompanhando os projetos solos dos integrantes. A vida foi seguindo, fiz amigos que curtem o som e comigo esperaram pelo anúncio de uma apresentação. E esse anúncio veio, eles tocariam no festival "Just a Fest". Sem perder tempo garanti meu ingresso e toda a ansiedade valeu a pena, Quando o show começou senti aquilo tudo muito próximo, como se o primeiro show tivesse sido um reencontro, e os ensaios tivessem acontecido na sala da minha casa. Foi o mais esperado, o mais emocionante, foi sem dúvida o show da minha vida.

E que venha o de Salvador!
Ir até a Bahia é um esforço pequeno perto do que essas músicas significam pra mim.
Los Hermanos é a minha constante, muita coisa aconteceu na minha vida desde que comecei a ouvir a banda, e levando a vida com a certeza de que muito provavelmente não terei apenas um "último romance" e assim serão, muito amores, empregos, amigos... a música é o que carrego de mais permanente.
Aos barbudos queridos eu não conseguiria agradecer o suficiente mas se pudesse daria um abraço nos caras com o afeto de quem amadureceu junto com o som e que vivendo as alegrias e mazelas ainda não diz muito sobre o samba mas já se atrave a dizer por aí do que é feita a vida.

Um comentário:

  1. Comecei a ler mas tive que parar pra pôr uma música, e adivinha qual escolhi? LH! Voltei a ler e foi como se tivesse vendo um filme...tantas lembranças embaladas por Los...

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